Pegar estrada é uma rotina da nossa família. Eu e meu marido sempre viajamos muito de carro. Mesmo com a chegada dos meninos mantivemos o pique, com ou sem a cachorra Tuba. Costumamos ir pra perto (até 2 horas de viagem), como Santo Antônio do Pinhal (SP) e Ubatuba (SP), ou longe como Petrópolis (RJ) e São João del Rei (MG), e estamos abertos a quaisquer destinos que se apresentem. Com a prática, fomos criando certa expertise em viagem de carro com bebê. Descobrimos que, além das ferramentas do carro, dá pra levar na mala muitas outras ferramentas que nos deixam seguros pra viajar com bebês e crianças com segurança e sem estresse. #ficamasdicas
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Pé na estrada: viagem de carro com bebê e criança pequena
Nosso objetivo maior é evitar as grandes furadas em uma viagem longa com bebês e crianças pequenas. Por isso, a dica número um pra minha família sair de carro pra uma viagem é fugir de rotas superlotadas e horários de rush. Tenho pavor de congestionamento, e nem quero imaginar – muito menos viver isso de – ficar horas parados com os pequenos dentro do carro.
2ª Dica – Comidinhas e alimentação
Ter sempre uma bolsa térmica com água e comidinhas (frutas, lanchinhos, biscoitos etc) bem à mão – evite o porta-malas. Pode não ser o caso de trânsito, mas um pneu furado que nos segure por algum longo tempo num mesmo lugar ou pode ser até que a comida dos lugares onde paramos que não agrade. Por isso também, aquela checada básica no motor, pneus, estepe e tals é essencial antes de sair pra viajar também.
3ª dica – Como distrair bebê em viagens longas
Maleta da Mary Poppins. Se você entendeu essa referência, já deve ter entendido tudo – e também já denunciou sua idade. Pra quem Mary Poppins não diz nada, explico: essa personagem de um filme “clássico” tinha uma malinha de onde tirava literalmente de tudo, até uma luminária de chão de 1,70 m. Ou seja, arme-se de muitas ferramentas pra entreter e divertir os pequenos.
Lápis de cor, folhas pra desenhar, mordedores (pro Liam) e jogos fáceis de transportar estão sempre na mochila onde levamos as coisas dos meninos no dia a dia. Em caso de viagens, pedimos pro Noah montar uma mochilinha com brinquedos dele. É ótimo pra ele já ir aprendendo a fazer mala. Ele pega os brinquedos preferidos e alguma diversão do momento. Sempre dou uma olhada ligeira e sugiro complementos, porque, afinal, com dois anos, uma ajudinha sutil vai bem – sem passar por cima dele, claro. Quando vejo alguma escolha meio equivocada, procuro orientar. “Filho, não dá pra levar bolinha de sabão porque derrama no carro. Se quiser muito levar este brinquedo, a gente coloca na mala e brinca lá, quando chegar. Senão, escolhe outra coisa pra pôr no lugar.”
Para os maiorzinhos….
Outro dia, uma grande amiga me mostrou também uma mesa de atividades pro carro que me pareceu ótima ideia! Ela engancha nas costas do banco e abre como uma mesinha de avião na frente da criança, sentada atrás. Fuçando atrás disso, encontrei também uma outra mesinha infantil do tipo daquelas de levar café da manhã na cama. A sacada é que deixam tudo mais organizado, com menos possibilidade de ficar caindo pelo carro e dão o apoio pra criança poder colorir, desenhar ou até montar um quebra-cabeças no caminho.
Mas lembre que tem muita brincadeira verbal e a paisagem pra entreter e divertir todo mundo. Contar historinhas – cada um pode inventar um pedaço – ou contar a história real mesmo daquele lugar de uma forma lúdica, de acordo com cada idade. “Viu só quanta montanha, filho? Que animaizinhos você acha que a gente encontra aí?” ou “Você(s) percebera(m) quantas árvores iguais? Isso é uma plantação de laranja. E por que plantam laranja aqui? Porque o clima é bem quente blablablá…”
Trilha sonora: E ainda tem as músicas que são tudo de bom. Pode ser uma oportunidade legal pra apresentar músicas diferentes pra criançada – já que repetir só os hits infantis cansa, né? Ou montar uma playlist coletiva: cada um escolhe uma canção.
Carta na manga: tablet ou celular. No nosso caso, é um recurso que preferimos deixar como cartada surpresa, depois de já ter usado vários outros recursos. Só não dá pra contar com a internet. É fundamental ter o desenhinho, filme ou jogos tudo já baixado no aparelho pra evitar estresse, porque nas estradas a conexão é bem incerta. O que vale também pras músicas.
4ª dica – Paradas estratégicas
Seja uma viagem longa com bebê ou mesmo em uma viagem curta, sempre contamos o tempo de duração incluindo algumas paradas. Nós gostamos de fazer uma paradinha a cada duas horas, mais ou menos. Pra saber se isso é possível, é preciso conhecer o caminho. Tem estradas com vários postos e restaurantes e até cidades onde é rápido de entrar. E outras que têm intervalos enormes entre um possível pit stop e outro.
Não conta parada no acostamento, tá? Só em caso de extrema necessidade, claro. Se o bicho tá pegando ou alguém está com ânsia ou precisa fazer xixi urgente… e mesmo assim é bom pensar se não dá pra esperar mais 5 minutinhos até um lugar mais seguro pra parar.
Se você não conhece muito da(s) estrada(s) que vai pegar, pergunta pro amigo, pra alguém da família que já passou por ali ou que costuma passar com frequência. Fuçar na internet também vale e, claro, é sempre bacana consultar os maiores companheiros de viagem da atualidade: Waze ou Google Maps! Principalmente se sugerir mudar a rota. O rodoanel em torno da cidade de São Paulo é uma boa saída pra contornar o trânsito, por exemplo, mas não tem nenhuma estrutura no trajeto, mal tem acostamento em vários trechos.
Outros detalhes de uma viagem de carro com bebê
Os bebês costumam precisar menos de parada até porque costumam dormir mais no carro. Depois que começam a andar, as crianças têm necessidade de se mexer mais e ficam inquietos quando precisam ficar sentados por muito tempo. Mas tem alguns bebês que choram muito no carro, alguns só quando pára (no semáforo, por exemplo) e outros até mesmo em alta velocidade… nesses casos, sugiro que você se pergunte: vale a pena a viagem? Talvez as longas, não. Mas as curtinhas podem ajudar o serzinho a se acostumar com esses passeios.
Sempre que tiver uma serra mais puxada no meio do caminho, é importante dar chupeta pros pequenos e ficar estimulando pra succionarem bastante. Se não usam chupeta, dar mamadeira ou colocar o bebê pra mamar no peito são outras alternativas – esta última é mais controversa porque envolve tirar o bebê da cadeirinha. Se forem maiorzinhos, basta comer alguma coisa que seja de mastigar bastante, como biscoito de polvilho, pipoca, bala, chiclete. A diferença de altitude provoca pressão nos ouvidos e pode causar bastante incômodo neles e, às vezes, dor.
5ª dica – Desfralde
Como o Noah está no processo de desfralde, temos viajado atualmente com o troninho debaixo do banco. (O nosso é até grandinho, mas tem muitos modelos bem portáteis que simplificam a vida.) Quando ele diz que está apertado – sempre no extremo da vontade, claro -, podemos dar um pouco de conforto pro processo e jogar o líquido fora ou recolher o cocô num saquinho.
No mais, estar bem do lado dos pequenos já costuma ser um grande alento pra eles. Basta um adulto sentar no banco de trás pra brincar ou, simplesmente, dar a mão. O que me faz lembrar de outra coisa: remédio pra enjoo pra adultos e crianças, aliás. Eu não costumo me sentir mal no carro. Mas, muitas vezes, quando sento atrás pra entreter o Liam e fico olhando pra ele ou pegando as coisas pro Noah, me dá uma ânsia danada.
Pronto! Chega de preparativos e pé na estrada!
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A Rê Mesquita é mãe do Noah (3 anos), do Liam (5 meses), e tem rodinhas nos pés. Ela já conhece mais de 15 países, e vem reaprendendo a viajar desde o começo de 20017, quando o Noah nasceu. No meio de 2019, o Liam chegou para reforçar esse aprendizado. O mais importante pra ela é descobrir novos caminhos com os pequenos e não parar nunca de viajar.