Há alguns minutos de Buenos Aires, existe uma cidadezinha chamada Luján onde fica um zoológico bem diferente. Lá, os visitantes podem interagir de perto com os animais, inclusive com os grandes felinos. Na nossa segunda visita à capital argentina, decidimos fazer esse passeio que dura um dia inteiro. Você pode ir de carro ou de excursão, organizada pelos hotéis, super fácil. Optamos por ir em grupo e a van nos pegou na porta do hotel com nosso guia, o Alex.
Logo que chegamos, confesso que demorei um pouco para me adaptar. As condições são rústicas e o cheiro é bem forte. Não indico o passeio para famílias com bebês que engatinham ou estão começando a andar, pois o chão é sujinho. Uma dica: leve muito álcool em gel, muito mesmo. Os banheiros não são sujos, mas não transmitem aquela sensação de limpeza. Outra dica é levar também alguns snacks. Lá dentro há pouquíssimas opções de comida e tivemos que nos contentar com hambúrguer e batata frita. Agora, opinião sincera, todos esses fatores de falta de estrutura são compensados pela experiência de estar tão perto dos animais. Os bichinhos ficam em viveiros ou jaulas, como em qualquer zôo, e é o visitante que entra no espaço deles para interagir, respeitando o humor do animal. 
Começamos conhecendo a iguana e as araras. Depois, um passeio de camelo que só aconselho para quem não tem frescuras, pois o cheiro do animal é super forte, não achei muito agradável. Então, partimos para ver as elefantas. Elas viviam o auge da adolescência na época, então não estavam muito simpáticas, não pudemos passear com elas. Mesmo assim, demos maçãs na boquinha delas. Super fofo! 
O ponto mais alto de todo o dia foi a alimentação de filhotinhos de leões. As crianças ficam enlouquecidas nesse momento e podem dar mamadeira para eles! Entramos também em uma jaula com uns seis tigres e algumas leoas adultas que tomaram leite direto da minha mão. Nessa, as crianças não podiam entrar, só os adultos. 
A entrada de crianças também é restrita na jaula do leão adulto. O guia explicou que o animal pode confundir pessoas pequenas com alimento ou brinquedo. Preciso dizer que não tive medo em momento algum. O leão estava lá bem quietinho e me olhou direto nos olhos. Pude sentir toda aquela energia selvagem que me emocionou na hora. Fizemos carinho nas costas dele, tiramos fotos e fomos embora. Saí da jaula chorando de alegria. 
O melhor de tudo? Nem nos preocupamos em registrar os momentos. Um fotógrafo acompanhou o nosso grupo e no final do dia pudemos comprar o cd com todas as fotos. Vale muito a pena! Minha dica é se informar logo na entrada para ver quanto custa, pois sei que os preços subiram bastante. 
Depois do dia no zôo, paramos por algumas horinhas em Luján. A cidade é super fofa e minúscula. Tem uma praça central com uma igreja e é praticamente só isso. Tem uns poucos cafés onde comemos o melhor alfajor que já provei na vida, mas como tenho a memória da Dory do Procurando Nemo, esqueci de anotar o nome. 
Só lembro de uma coisa, o passeio vale muito a pena! Voltaremos todas as vezes que estivermos em Buenos Aires.
*Luiza Garmendia é publicitária, blogger, viajante e apaixonada por animais

4 COMENTÁRIOS

  1. Estive em Buenos Aires em Janeiro também.Ficamos na dúvida de ir ou não ao zoo de Lujan queríamos ir num zoo bacana (apesar de que comparado ao nosso, o de Palermo é sensacional), mas me incomoda a idéia de felinos dopados, não era isso que queria mostrar para Alice, minha filha. Porém não acho um absurdo quem vai, é só questão de gosto mesmo.
    Mas o que eu queria na verdade dizer é que para quem gosta de animais, vale a pena, além do Lujan, existe em escobar o Bioparque Temaikén (http://www.temaiken.org.ar/).
    Para quem curte natureza, animais, é imperdível. O conceito do lugar é muito bacana, você também chega próximo aos animais, entra no lugar onde tem cangurus, os animais aquaticos como hipopótamos ficam num lugar livre porem com vidro e conseguimos ver então todo o hipopótamo debaixo d’agua.
    Atividades de conscientização ecológica para crianças. Um barato. Indico fortemente. Imperdível.

  2. Um amigo meu foi e também ficou horrorizado com a situação, eu que já sou contra zoológicos e nunca visito nenhum eu claro que vou evitar ao máximo esse lugar. Pobres animais. Só minha dúvida é com esse outro espaço citado, vou pesquisar.

  3. Não vejo como possa existir a “energia selvagem ” num animal trancado e dopado. Esse tipo de turismo é o que sacrifica os animais. É lamentável sim!

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