Nossa primeira parada nos Açores: Ilha Terceira!

Chegamos ao aeroporto no começo da noite, pegamos o carro alugado com a Ilha verde (ver post Açores com crianças: dicas gerais), fomos até o hotel, deixamos nossas coisas e fomos passear; tínhamos somente dois dias neste paraíso e queríamos aproveitar ao máximo.

Onde ficar

Nós ficamos na Pousada Forte Angra do Heroísmo, um hotel dentro de um forte do século XVI. O lugar é lindo e as vistas ainda melhores! Pessoal muito atencioso, café da manha correto e quarto espaçoso (colocaram bercinho para o Kai e o banheiro tem banheira)        

Outra opção é o Hotel do Caracol. Uns amigos tinham nos recomendado, porém não encontramos quarto disponível.

O que fazer

A principal cidade de Terceira é Angra do Heroísmo. Uma graça de cidade e o seu centro histórico foi reconhecido, em 1983, como Patrimônio Mundial da Humanidade, pela UNESCO. Vale a pena caminhar pelas ruazinha e prestar atenção na riqueza de detalhes de seus edifícios, todos super bem pintadinhos. Aliás, vimos muita gente pintando a casa e “deduzimos” que era para celebrar as Festas do Espírito Santo que aconteciam na Ilha nos dias que estivemos por lá.

 

                               

                                                                                             

Em toda a Ilha é possível ver os chamados “Impérios“. São pequenos templos, de tipologia única na arquitetura portuguesa, onde, entre o domingo de Páscoa e os domingos de Pentecostes, venera-se o Espírito Santo. Nos arredores dos Impérios acontecem, durante vários dias, as festividades do Espírito Santo compostas por um conjunto de cerimônias: a “coroação” do Imperador Menino, o desfile de cortejos e o bodo de pão e de carne.

Império

Nesta ilha os parques merecem um destaque especial! Desde jardins clássicos, como o Jardim Duque de Terceira (considerado o mais importante dos Açores, com espécies de todo o mundo), passando por reservas florestais, como a Lagoa das Patas, até jardins de linhas contemporâneas, como Jardim dos Corte-Reais. Ah…e não posso deixar de mencionar o Parque Municipal do Relvão, no monte Brasil; o parque atende as necessidades de todas as idades e ainda tem umas vistas privilegiadas sobre Angra. Todos os parques são extremamente bem cuidados e lindíssimos. O Kai amou e brincou até!

Jardim Duque de Terceira
Lagoa das Patas
Parque do Relvao

Outro destaque são as piscinas naturais! Demais! Em muitos pontos da Ilha é possível encontrá-las: Piscinas Naturais da Silveira, das Cinco Ribeiras, Negrito, Salgueiros (aqui tem churrasqueira pública de frente para o mar). O Kai adorou ver os peixinhos e os camarões sentadinho nas pedras.

Falar nas ilhas e não mencionar a palavra vulcão é impossível. E na Terceira não é diferente. A atividade vulcânica deixou verdadeiras obras de arte que estão muito bem cuidadas e protegidas. Ao centro, a ilha é marcada pela Caldeira de Guilherme Moniz que, infelizmente, não conseguimos ver por culpa da neblina. Isto é bastante comum nos Açores, assim que vale a pena ter um pouco de flexibilidade nos programas porque, na maioria das vezes, dependerão das condições climáticas.

Dentre as “obras de arte vulcânicas” estão o Algar do Carvão, resquício de uma antiga conduta vulcânica que deslumbra pela imensidão. Do teto em abobada descem incríveis estalactites de sílica, as maiores do Mundo. Outra “obra” é a Gruta do Natal, um túnel de lava, que surpreende pela sucessão de corredores estreitos e longos e pelas diferentes formas e cores que assumem as paredes, solo e teto. Atenção: a Gruta do Natal tem túneis realmente estreitos e baixinhos; se tiverem crianças com medo de escuro não aconselho o passeio. Fomos com o Kai no colo, pois na mochila não dá para passar, e no último túnel ele chorou porque era muito baixo e tivemos que passar quase de joelhos com ele andando. É muito interessante, mas vale a pena ter este fator em conta.

Algar do Carvão
Algar do Carvão
Gruta Natal
Gruta do Natal

Uma coisa que as crianças adoram são as Furnas do Enxofre: a paisagem é dominada por “fumeiros” circundados por terrenos em tons amarelos, laranja e vermelho. O cheiro característico de enxofre e o calor dão ainda mais a sensação de estarmos em terras vulcânicas.

Agora, as melhores vistas são desde algum, dos muitos, miradores. Lá é possível observar a imensidão dos seus vulcões. No topo do Monte Brasil, um antigo vulcão com origem no mar rodeado pelos 4 km de muralhas da Fortaleza São João Batista, a mais antiga fortaleza continuamente ocupada por tropas portuguesas, tem-se uma das vistas mais bonitas sobre a cidade e a baía de Angra do Heroísmo.  Outros miradores que valem a pena são o do Miradouro do Facho, onde reside o imponente Monumento do Imaculado Coração de Maria, tem-se uma panorâmica excepcional sobre a praia, marina e casario da Praia da Vitória e de toda a planície das Lajes; e o da Serra do Cume percebe-se a geometria dos infindáveis muros de pedra e sebes de hortênsia que recortam as pastagens da Terceira.

Onde Comer

Deixo duas dicas que adoramos!

No primeiro dia, seguimos a sugestão do pessoal do hotel, fomos jantar à Casa do Pasto Canadinha, em Angra do Heroísmo. Só o nome já gostamos. Simplesmente delicioso! Lugar super típico, comida caseira muito gostosa e atendimento 10! Comemos lapas, lulinhas e peixe ao forno. Adoramos!

Lapas
Alcatra

No dia seguinte almoçamos no Caneta, em Altares. Lá experimentamos o famoso Alcatra da Ilha Terceira. Alcatra é um prato típico, que nao tem nada a ver com o corte da carne. Achamos um prato bem parecido com o barreado. Deixo a receita aqui para quem quiser…uma delícia!

Na semana que vem conto um pouco mais sobre o Faial!

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