Uma campanha, lançada pelo Projeto Dedica (Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes), capitaneado pela Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas, em Curitiba, está chamando a atenção dos pais para um assunto muito presente no nosso dia a dia: a hiperconectividade. E não pense que é só dos nossos pequenos, não.

A campanha coloca o dedo na nossa ferida. Gera uma identificação com nós mesmos: pais bacanas, preocupados com os filhos, que amam e cuidam. Mas, mesmo assim, passamos mais tempo do que deveríamos olhando para uma tela, postando em redes sociais, curtindo a vida dos outros. E, na contrapartida, abrimos caminho para que nossos filhos também passem mais tempo no mundo virtual do que no real. Achamos mais fácil distraí-lo na viagem com joguinhos eletrônicos no celular do que inventar brincadeiras, contar histórias e, principalmente, lidar com a ansiedade (absolutamente normal, diga-se) para chegar logo ao destino final.

O projeto todo é bem maior que isso, trata de crianças que sofreram abuso sério ou seríssimo. E daí você me pergunta: o que uma coisa tem a ver com a outra? A psiquiatra Luci Pfeiffer, uma das maiores estudiosas do Brasil nesse assunto, decidiu lançar o tema para a sociedade a partir de uma violência que está perto de todos nós, mas que muitas vezes não enxergamos: a violência digital.

Pare e pense: quantas vezes não somos intimados pelos nossos filhos para que larguemos o celular e prestemos mais atenção neles? Quantas vezes não vemos bebês em restaurantes sendo acalmados por tablets e celulares? Uma prova disso é que, segundo uma pesquisa da AVG Technologies, 63% das crianças entre 3 e 5 anos conseguem jogar algum tipo de jogo eletrônico, mas apenas 14% sabe amarrar os sapatos sozinho.

Nós, do Eu Viajo com Filhos, sempre defendemos a ideia de adotarmos uma vida mais analógica, valorizando as brincadeiras em família, incentivando nossos leitores e aproveitarem suas viagens para se conectar aos seus filhos, ouvi-los, a trazer para os momentos de ócio aquelas brincadeiras que aprendemos infância. Que tal trocar o tablet por uma corda (no aeroporto, funcionam que uma beleza), uma bola, um jogo de damas, um caderno de desenho? É mais simples e mais barato. Mas claro, exige mais de nós. E quem disse que não podemos fazer isso por eles? Vamos nos conectar ao que realmente importa!

Precisamos da sua parceria para passar essa ideia adiante. Compartilhe os nossos posts do facebook, escreva sobre isso para os seus amigos, troque ideias, informe-se. E mais s que qualquer coisa, desligue mais o wi-fi e conecte-se com o que realmente importa.

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